Encontro de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme
Será realizados nos dias 6 a 9 de junho, no Grandarrel Minas Hotelem Belo Horizonte, o Encontro Mineiro e Fórum Nacional de Políticas Integradas de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme. A elaboração de ações de fomento à atenção integral às pessoas com doença falciforme só será possível com políticas públicas voltadas para a organização do serviço de saúde prestado aos pacientes dessa patologia. O Brasil possui um número significativo de afro-descendentes e conseqüentemente um número elevado de portadores do traço e com a doença falciforme no país. O encontro se faz oportuno, dessa forma, como marco inicial para subsidiar propostas concretas à implantação de uma Política Nacional de Atenção Integral à Pessoa com Doença Falciforme, para tanto, serão feitas visitas guiadas às instituições que já desenvolvem algum tipo intervenção no combate a essa patologia:Fundação Hemominas, Laboratório de Triagem Neonatal do Nupad da Faculdade de Medicina da UFMG e Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias de Minas Gerais-Cehmob.
A Anemia Falciforme é uma doença hereditária, que atinge principalmente a população negra, resultante de alteração genética caracterizada pela presença de um tipo anormal de hemoglobina denominada Hemoglobina S (HbS). Esta faz com que as hemácias adquiram a forma de foice (daí o nome falciforme) em ambiente de baixa oxigenação, dificultando sua circulação e provocando obstrução vascular. As hemácias têm a função de carregar oxigênio para os tecidos, principal combustível para os órgãos. No caso da doença falciforme, elas são destruídas (hemolisadas), porque, como são em forma de foice, se agregam e diminuem a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com isso, ocorre lesão nos órgão atingidos, causando dor, destruição dos glóbulos vermelhos, icterícia e anemia. A forma mais freqüente da doença, e também a mais grave, é a homozigótica, que é denominada Anemia Falciforme ou Drepanocitose (Hb SS) e ocorre quando a criança herda de ambos os pais o gene S. Quando a criança herda o gene S de um dos pais, e do outro o gene para a Hemoglobina A normal, ela será apenas portadora do Traço Falciforme (HbAS). Neste caso não apresentará a doença, podendo, no entanto transmiti-la para os filhos. Desde 1998 até junho de 2006, foram diagnosticadas 1.597 crianças com a doença falciforme em Minas Gerais. A incidência no estado é, portanto, de 74 casos para cada 100 mil nascidos vivos. O Teste do Pezinho apontou ainda que 462 recém-nascidos eram portadores de outras hemoglobinopatias e 75.117 apresentaram Traço Falciforme.
As inscrições para para participar do Encontro de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme podem ser feitas pelo telefone: 0800-7226500 ou sitio www.cehmob.org.br/encontro
de Belo Horizonte
Alexandre Braga
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