quarta-feira, 25 de junho de 2008

Carta Che Guevara


Somos a juventude que se indigna contra qualquer injustiça cometida em qualquer parte do planeta. E vivemos uma época onde as injustiças são tantas que é preciso mudar o mundo. O capitalismo massacra a nossa juventude e povo e destrói a natureza: a barbárie capitalista, a guerra, a exploração e o consumismo são as maiores razões de infelicidade e ameaçam a própria vida na Terra. Por isto tudo, e graças às lutas dos que nos antecederam, assumimos para nós o desafio que a História nos legou: s omos a geração das mudanças no Brasil.


Filhos(as) das lutas contra a Ditadura e da resistência ao neoliberalismo, a maioria de nós ingressou na luta política após a vitória das forças progressistas com a eleição de Lula - um período de maior democracia e de conquistas do povo brasileiro, conquistas que defendemos e aprofundaremos. Abraçamos com honra a oportunidade que nos foi dada pela História de sermos a geração a enterrar definitivamente o neoliberalismo neste país continente. Com a nossa militância diária, pelo nosso amor ao Brasil e ao povo, por todas as vítimas do capitalismo, assumimos nosso posto de combate na luta da Nação para que a triste noite neoliberal jamais volte a dominar nosso país.

Nossa luta é um importante capítulo da que o povo trava em todo o mundo, milhões de jovens como nós que se levantam contra o imperialismo e suas guerras. Em especial na América Latina, temos vencido a direita neoliberal e, numa incrível sintonia, Brasil, Venezuela, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Nicarágua, Equador, Argentina e a indomável Cuba reescrevem os sonhos de Simón Bolívar, José Martí, José Bonifácio e Che Guevara de libertar Nossa América da dominação das grandes potências. E é com a rebeldia destes próceres que alertamos às forças imperialistas que a América Latina não é quintal de ninguém. Defenderemos unidos a nossa soberania e a nossa Amazônia. E a forma mais concreta desta defesa é avançar na integração latino-americana que está ao alcance de nossas mãos.

Para concretizar tamanhos objetivos, esta nova geração de militantes da UJS é chamada a iniciar uma nova fase, ao consolidar os êxitos do relançamento. A UJS caminha a passos largos para uma maior consolidação orgânica, o enraizamento de seu trabalho através dos núcleos e direções municipais e estaduais, a diversificação, com o fortalecimento das frentes, o avanço no movimento estudantil e uma maior atenção ao movimento secundarista, o impulso na organização da juventude trabalhadora, a luta contra quaisquer formas de opressão e discriminação. O Brasil é um país imenso e complexo e é necessária uma tática complexa e ousada que uma todos aqueles que defendem o Brasil para que possamos definitivamente romper as cadeias da especulação financeira que ainda nos limitam.

Isto só se fará com o protagonismo político da juventude brasileira e a nossa disposição em unir todas as juventudes que lutam para derrotar o neoliberalismo. Para isto precisamos construir uma UJS ainda maior, mais influente, diversificada, de massas, uma UJS que fale para toda juventude brasileira.

Somos a escola do Socialismo. E, como aprendemos com o Che, "devemos ser a vanguarda de todos os movimentos, os primeiros a estar dispostos para os sacrifícios que a revolução demande , qualquer que seja a sua natureza: os primeiros no trabalho, os primeiros no estudo, os primeiros na defesa do país . E para isto temos que nos colocar tarefas reais e concretas , tarefas que são do trabalho cotidiano que não podem admitir o menor vacilo ". Estas lições aprenderemos juntos na UJS, fortalecendo a capacidade de transmitir a nossa militância e a toda a juventude os valores e a tecnologia social que desenvolvemos ao construir esta que é a maior organização juvenil socialista do Brasil.

A consolidação deste amplo movimento com a cara do Brasil atinge um novo patamar com nossos 130 mil filiados que falarão para toda a juventude brasileira, traduzindo através de múltiplas linguagens a mesma mensagem socialista. O Brasil contribuirá de maneira decisiva para construir um futuro de paz e solidariedade, de dignidade para todos(as), superando as trevas do capitalismo.

Todo revolucionário(a) é movido(a) por grandes sentimentos de amor, como nos ensinou Ernesto Che Guevara, cujo nascimento, há oitenta anos celebramos dando a este congresso o seu nome, incorporando sua imagem ao nosso símbolo, seguindo sua mensagem emancipadora. Nele nos inspiramos para dizer em alto e bom som: nosso presente é de luta e o futuro nos pertence!


Hasta la victória, sempre!

São Paulo, 15 de junho de 2008.

14° Congresso Nacional da UJS

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